Someone Who’ll Watch Over Me

Talvez por andar a ouvir muito Chet Baker tenho-me lembrado bastante de uma peça de teatro que vi em 1994, no Teatro Aberto: “Alguém olhará por mim“. Na altura gostei tanto que até hoje recordo, com alguma emoção, uma das cenas finais em que dois personagens se penteavam um ao outro, enquanto se ouvia a música-título da peça (já não me lembro se na versão de Ella Fitzgerald). Isto assim dito/escrito parece banal, mas juro que foi dos momentos mais bonitos que já vi no teatro.

E hoje, quando quis tirar a limpo há quantos anos carrego comigo esta memória, descobri que estará em cena de novo, desta vez no Teatro Municipal de Almada. Não sei se terei tempo para conseguir (re)ver, mas queria recomendar-vos. Ide!

Foto do Teatro Aberto

A Europa segundo…

Trabalhar num ambiente multi-cultural tem muitos prós e contras, e neste domínio um dos que mais me aborrece são os rótulos, os pré-conceitos que (quase) de imediato ficam colados a um individuo só porque nasceu neste ou naquele país. E assim, neste ambiente de gente supostamente esclarecida fala-se em Alemães e espera-se rigor, fala-se em Italianos e espera-se o caos… E quem profere estes julgamentos fica verdadeiramente surpreendido quando afinal os rótulos “enganam”!

E a propósito disto, vale a pena espreitarem o projecto MAPPING STEREOTYPES – The geography of prejudice. Fica aqui um exemplo, da Europa segundo a Itália.

!!!…

anda uma emigrante a preparar uma semana de férias em Novembro para recuperar energias em concertos, quando descobre que aqui ao lado, na mesma semana, acontece TUDO na cena musical (inclusive um concerto do há muito perdido Tricky!). Aproximam-se decisões difíceis… Ao menos apanho estes em Dezembro:

cromo, cromo, cromohhhhhhhhhh

Ando viciada, e a culpa é da minha irmã. A minha curta viagem para o trabalho transformou-se num momento alto do dia, em que me dedico à terapia do riso.

Nunca tinha sacado tão avidamente podcasts da internet. Mas precisava de tê-los todos! Ouvi-los, faz-me lembrar de memórias há muito perdidas. É difícil de explicar, mas ajuda-me a reconstruir o meu passado. Sempre fui muito esquecida.

E é com muita satisfação que anuncio que tenho a caderneta de cromos completa (so far, claro). É pena que a minha inépcia não me permita colocar aqui um dos meus favoritos, mas procurem pelo Bana e Flapi… :D

p.s. só começo a ficar farta de ouvir, a cada 6 minutos, o David Fonseca (e eu até gosto do rapaz).

Prisma

Foi o que fui fazer a Veneza: ver tudo sob um novo prisma…

Apesar da cidade estar impossível (ora bem: festival de cinema + bienal de arquitectura + regata histórica + milhares de turistas + milhares de turistas + milhares de turistas), foi mágico subir ao campanário de São Marcos, ao fim da tarde, e assistir ao pôr do sol, enquanto os sinos dobravam (for whom?). Soou-me a catarse.

À T., à C., à F e ao L, com quem partilhei estes momentos, grazie mille!!! (agora fico à espera de pregos nos comments, ’tá?)